Discreto Bloco de Letras


Deflagrador gênio de guerra
24/12/2009, 1:32 AM
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Depois de bombardearem meu abrigo

Se sobrar;

a notação da existência

Espero poder-me sentir salvo

Da humilhação da derrota

.

A moral que carrego,

É amor – amor puramente cego

A pátria que defendo forte

.

E dentro dessa pátria amada

Pego em punho lápis que servem de armas;

.

Estou sendo surrado – pela ascensão da união em favor da destruição dos poetas.

.

Ao mais, resta-me só falar

Que nenhum, nem todos os demais,

Venceu a morte

.

Morte do intelectualismo

Onde empurrado foi em um abismo

Esborrado de corpos

Jogados de tempos passados

.

Tempos estes, onde poetas ainda guerreavam

Com forças de mesma magnitude

Agora essas forças, opressoras,

tão rudes

Mandam chumbo grosso em forma de coice

Pois são rebaixadas as novas carreiras

Semeadas por anti-poetas- nacionalistas.



Vitorioso no rebanho
17/12/2009, 2:58 AM
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A virtude do bagaço humano

Foi balaço no meio do peito,

Derrubando tragédia consensual

Em entraves por mais que perfeitos;

.

Humildade profana cartéis

Como religiões pregadas ao fim,

Igualitarismo contorce o estado

Sendo irmandade em pleno trote;

.

Como é que o vil e forte

Traça ainda, contraste em meio a termos,

Mostra-se só a inteligência

Topa o corte – negligência,

Da incapacidade moral do lote.



Urbano escritor
16/12/2009, 3:39 AM
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É no dia-dia que se tem o dia

Não se esquecendo da noite: estudo de mentira,

Na rotina da vida acadêmica,

Não existe calmaria!

Vixe Maria,pelo amor de Deus

Deixe logo de embaço

Divulgar o vulto do poema é só pra levar tapaço

O individual prazer de escrever,

Não lhe remete a versos brancos e pretos;

Não há rimas sem nexo,

Não existe métrica na corte da inspiração;

O mundo ao seu redor gira como laço em beira de nó

Se cego, guia-se como rio em correnteza

Se astuto, deixa feridas no coração solitário

Regredir é tentar salvar o mundo da poética

Pois qualquer forma válida é digna de apego;

E ainda existe quem pede dinheiro

Ao simples desempregado solista de versos.

–                                                                                          D.Tavares