Discreto Bloco de Letras


Dúvida vivenciada
20/02/2010, 1:07 AM
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Largo tudo?

Ou não?

.

Estou pendurado

De cabeça pra cima

Entre o lapso da poesia

E os acordes toscos do meu violão

.

Poxa!

Largo tudo?

Ou não?

.

Odeio filosofia

E tão pouco administração

.

I ai?

Largo tudo?

Ou não?

.

Será que é legal chutar o pau da barraca?

.

Se pensar em dinheiro:

Queimarei escritos, ficarei vazio

E danarei meu violão no chão

.

Se pensar em felicidade: infelizmente

(logicamente por fim!)

Pensarei outra vez em dinheiro,

Não largando tudo, sendo o tudo tão burro, menos o não.



Humano triste da madrugada do quero
12/02/2010, 5:45 AM
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Quero dormir mais e mais

Para estacionar em nada que desejo

Quero antes de dormir não pensar em nada

Para poder dormir em paz

Para não pensar que simplesmente são as sementes que germinaram com o tempo

Fundando assim uma nova árvore-outra árvore

.

Quero ter a história reversa de tudo

Para ter um poema contendo safadas

Quero ter pássaros ao alcance do meu fio

E uma rosa que seja indiferente só para mim

.

Quero cuidar dos meus próprios vulcões

Ter meus problemas instantaneamente restaurados

Junto com minha vergonha cristalizada

Quero realmente ler algum livro que preste

Mantendo-me a procura de um amor completo

De um alguém que não seja cruel na parcialidade

Que talvez seja não tão cruel na sua história no mundo

.

Quero pousar mais uma vez no deserto da terra,

Provar do veneno de cobra

Junto com mais veneno de escorpião

Recitar poemas de solidão

Bem em frente a um rebanho de taradas

Achar um dedo que aponte

Qual o veneno possui a cura no verbo

.

Quero misturar-me as peçonhas todas

Sentir algo negro entrando como cruel ciúme

Afiar punhal ao ler testamento de suicídio

Ser breve ao declamar paixão a quem te bate

Ter enorme desgosto de sentir algo estranho no peito

.

Com tudo, então, mereço uma face negra e lastimável de medo

Um triunfante castelo de ira, traduzido em ódio de mim mesmo

Quero articulação completa da tristeza em dor

Nesse estúpido clima de inadequação

Quero ser cativo de se estar sempre só

Querer estar sempre longe

Saber que centímetros fazem toda diferença

.

Desejo um rio cheio de piranhas

Para nadar e colher perola bem à vontade

E quero que não apareça aviador nenhum para poder me salvar

Muito menos anjos de sentimento de união

.

Pretendo visitar planetas e corpos diversos

E quero ser um príncipe não muito comunicativo-magoado

Queria que minha cabra fosse gorda

E parasse de mugir feito uma vaca

.

Queria que meus sentimentos estivessem todos atordoados

Sendo rápido ao pegar no sono;

Pois no meu mundo solitário, dormir é bem melhor

Para não pensar na possível realidade,

Para nem pensar em querer.



(Poemas de Madrugada      12.02.2010)



Merdas, lixos, sons e flores.
02/02/2010, 2:28 AM
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Captar-se-á sons,

Onde será preferível conversares com as flores

Mais amores, mais amores, pedem e cantam

Ao sentir no semblante do grupo a musica de estrago das cores.

.

Lixo convincente é,

Ao rever seu escrito

Por que ali na musica quis ser dito

Em um belo poema triunfante – ora,

Sons rastejam nas linhas de celulares e internet

Pendurados por idéias irritantes

.

Merdas, lixos, sons – estão juntos,

As flores murcham com a deliberação do locutor

Melhor ser um estudante falido

Do que um velho ouvinte infame.



O artista da piração (idealizada por Adonai Felipe Pereira de Lima Silva)
30/01/2010, 4:23 AM
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A vida é uma loucura

Loucura de diversidades

São tantas coisas,

Mas tantas coisas

(Pra viajar!)

Que é preciso estar de espaçonave;



O útil depois da inutilidade
27/01/2010, 1:53 AM
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Quando eu morrer quero ser adubo,

Instantaneamente

.

Meu cárcere, este semblante jegue e sonso,

É rico de intenções,

Lotado de intuições

Que enriquecerá a natureza

.

O meu estado original;

esse que vive

É estagio de purificação

O novo, futuro, futuro do meu eu

Será bem mais útil que dentro de um velho caixão

.

As “aspas “do meu pensamento

Juntas não morrem no tempo

Pois minha alma total

É tudo dentro da paixão.



Passeios
23/01/2010, 8:55 PM
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Depois de ignorantes e pacientes passeios

No mundo racional que todos compartilham

Ensaia-se nesse presente momento

A liberdade da não expressão

No ato de se expressar

Não importa se ta na mão

Ou na contra mão do raciocinar

Tudo é validade na ação altruísta

O que toca, a saber, a ignorância

É benção no despertar para o que consiste a realidade

.

Tudo pelo qual se move e se petrifica

É simplesmente o inexplicável,

A arte, e a situação do artista

Seja na musica, na poesia ou em coisas sem cognição

Revelam a total plenitude da instância

Do todo desconfigurado

Da ânsia, formadora do saber

Resta agora por passeio conhecer

Mais um lado da alma humana.



Inquietação
16/01/2010, 2:44 AM
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Homem, sábio degenerado

Lúdico e presepeiro,

Sente-se sempre fraco em relação ao saber

E sempre testa tudo para trocar seus preceitos

.

Qual a probabilidade de não serem falsos os novos que encontram?

Se sempre substitui toda sua inquietação por sombras e mais sombras;

Devaneios agora devem ser tomados como verdades,

Pois de inquietação infinita sempre estará nossa raça

.

Modelos e mais modelos

( homens criam !)

E continuam a criar,

Cheio de esperanças para seu defeito,

Grandiosa raça que se afirma por erros seguidos de erros

.

Pelo menos inventaram a roda,

E sabem manipular o fogo (parcialmente).



Gosto
15/01/2010, 4:20 AM
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Sinta que você é amada

Sem seu amado lhe por em um trono

Ame talvez por dias e dias

Sabendo que não será enganada

Repare que seu corpo é objeto de amor

Sua mente, se tiver pudor

Irá pedir um vestígio de sentimento,

Seja contente com vários beijos

Que seu amado irá lhe cobrir,

Sinta-se única e feliz

Por ter por amor um alguém que diz: Eu te amo!



Deflagrador gênio de guerra
24/12/2009, 1:32 AM
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Depois de bombardearem meu abrigo

Se sobrar;

a notação da existência

Espero poder-me sentir salvo

Da humilhação da derrota

.

A moral que carrego,

É amor – amor puramente cego

A pátria que defendo forte

.

E dentro dessa pátria amada

Pego em punho lápis que servem de armas;

.

Estou sendo surrado – pela ascensão da união em favor da destruição dos poetas.

.

Ao mais, resta-me só falar

Que nenhum, nem todos os demais,

Venceu a morte

.

Morte do intelectualismo

Onde empurrado foi em um abismo

Esborrado de corpos

Jogados de tempos passados

.

Tempos estes, onde poetas ainda guerreavam

Com forças de mesma magnitude

Agora essas forças, opressoras,

tão rudes

Mandam chumbo grosso em forma de coice

Pois são rebaixadas as novas carreiras

Semeadas por anti-poetas- nacionalistas.



Vitorioso no rebanho
17/12/2009, 2:58 AM
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A virtude do bagaço humano

Foi balaço no meio do peito,

Derrubando tragédia consensual

Em entraves por mais que perfeitos;

.

Humildade profana cartéis

Como religiões pregadas ao fim,

Igualitarismo contorce o estado

Sendo irmandade em pleno trote;

.

Como é que o vil e forte

Traça ainda, contraste em meio a termos,

Mostra-se só a inteligência

Topa o corte – negligência,

Da incapacidade moral do lote.



Urbano escritor
16/12/2009, 3:39 AM
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É no dia-dia que se tem o dia

Não se esquecendo da noite: estudo de mentira,

Na rotina da vida acadêmica,

Não existe calmaria!

Vixe Maria,pelo amor de Deus

Deixe logo de embaço

Divulgar o vulto do poema é só pra levar tapaço

O individual prazer de escrever,

Não lhe remete a versos brancos e pretos;

Não há rimas sem nexo,

Não existe métrica na corte da inspiração;

O mundo ao seu redor gira como laço em beira de nó

Se cego, guia-se como rio em correnteza

Se astuto, deixa feridas no coração solitário

Regredir é tentar salvar o mundo da poética

Pois qualquer forma válida é digna de apego;

E ainda existe quem pede dinheiro

Ao simples desempregado solista de versos.

–                                                                                          D.Tavares



O herói
21/06/2009, 6:31 PM
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Salvem-se quem puder

As paredes romperam

Caiu a formosura do paraíso

Arranjem seus abrigos

Reagem as paredes do céu

Vejam só que cruel

A superlotação do abstrato

De peso, enverga-se!

Quem pagará por ser o ultimo a tentar segurar?



Condicionamento
21/06/2009, 5:26 PM
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Na arte se constitui a possibilidade do ser humano de se afirmar como criador, fazendo-se espelho das coisas do mundo corre ao peito um orgulho infortuno de poder criar algo que será observado. Paz perpetua tem o homem ao fazer seu criado, pois é no ato da criação que o humano é possibilitado de ser algo que ele vangloria.

Atende ao condicionamento total a virtude do fazer constante devido ao ato de criação, que como forma de manter seu espírito em um foco, derroca o homem na sua condição de criatura, que formula e constrói ídolos para fundamentar o artístico como nada mais que um abismo entre o homem e sua própria alma.



Abertura
20/06/2009, 10:11 PM
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Do fundo de uma alma pagã dedico nada  a coisa alguma, pois poesia e dramaturgia existem para colher a perspectiva grotesca e forjada de alienados a beira da finitude.

Capaz de enxergar o mundo!,e a partir do mesmo, me encontro a redigir a partir deste instante momento um sistema de causalidade onde a inspiração passa como breve roteiro, cativando meu sistema biológico e mantendo minha consciência em um estado de pura vaidade de contemplação, passiva de desespero e agonia por não saber o que significa a arte nem o divino hemisfério do cognoscível.

Desculpe a sinceridade e falta de modéstia: Contemple o instante da arte como sendo o verdadeiro fiel, onde consta o carma grudento do fel que habita os corações dos mais nobres, ande na linha do expectador vulgar que vos fala e seja sincera com você; a verdade é uma arte em constante criação. &

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Esse roteiro é destinado a expressões, sejam elas de carater subjetivista ou destorcidas;forma de arte individual pautada na observação do cotidiano.Não se trata de nada pragmático, apenas tentativa de arte.